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O diário de Anne Frank

Um best seller real, que apresenta sentimentos, experiências e sonhos de uma adolescente alemã judia, que foi obrigada a viver enclausurada em um esconderijo, com seus pais e mais quatro judeus, durante dois anos, no período da Segunda Guerra Mundial. O diário de Anne Frank transcorre de 1942 a 1944, quando os oito judeus foram descobertos pelos nazistas no anexo secreto do escritório de seu pai, na Holanda.
Este livro é conhecido em todo o mundo e foi publicado pela primeira vez em 1947. A escrita original pode ser vista no Museu Casa de Anne Frank, que é o local exato onde viveram escondidos, em Amsterdã. No Brasil, o diário foi publicado pela editora Record e traz diferentes edições, inclusive ampliadas. Uma leitura altamente recomendável, para quem deseja ampliar sua consciência histórica e ir além dos fatos frios e numéricos que podem ser apresentados num livro didático. A atualidade do relato de Anne é incontestável ainda hoje e, certamente, servirá de lição para muitas gerações.

Quem foi Anne Frank

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Anne Franke é uma alemã nascida em 12 de junho de 1929 em Frankfurt, filha caçula de Otto Frank e Edith Frank-Holländer e irmã de Margot Frank. A família Frank era judia e vivia na Alemanha, mas em 1933, seu pai recebeu um convite para montar uma empresa de extrato de frutas em Amsterdã e diante das ameaças nazistas, aquela parecia ser uma boa alternativa. A vida da família Frank foi marcada pela tranquilidade e o crescimento do seu negócio de 1934 a 1940.
Com o início da nova década, os alemães tomaram o poder nos Países Baixos e os judeus começaram a ser perseguidos també na atual Holanda. Em 1941 o pai de Anne passa suas empresas para o nome de sua secretária de origem austríaca Miep Gies, para evitar o confisco dos bens da sua família. Em julho de 1942, Anne ganhou de presente de aniversário uma encadernação de capa vermelha, que se tornaria seu diário. Pouco mais de um mês depois, toda a família teve que se esconder num anexo secreto nas instalações da empresa para fugir da perseguição nazista.
Foram dois anos de reclusão, duas famílias judias também passaram a habitar o mesmo espaço com os Frank. Em agosto de 1944, o esconderijo foi descoberto e todos foram levados para um campo de concentração. Anne e sua irmã faleceram, provavelmente de tifo, em 1945, sua mãe de fome e seu pai foi o único sobrevivente ao Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

A descoberta do diário

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o pai de Anne buscou encontrá-la, a sua irmã e a sua mãe, mas a Cruz Vermelha confirmou o falecimento das três em julho de 1945 no campo de concentração de Bergen Belsen. Otto Frank recebeu, então, das mãos de Miep Gies, o diário de Anne Frank, que havia guardado e pretendia devolver à ela. Otto não havia notado que sua filha escrevia um diário, mas ao lê-lo descobriu, inclusive, que ela nutria o sonho de ser jornalista e publicar, algum dia, a história vivida por sua família. Isso o fez decidir publict o livro.
A primeira ediçao do Diário de Anne Frank saiu em 1947, seguindo por França e Alemanha em 1950 e Estados Unidos e Reino Unido em 1952. Hoje, o diário original se encontra na Casa de Anne Frank em Amsterdã, mantida pela Fundação Anne Frank. Quando foram descobertos pelos nazistas, Anne não imaginava que seu diário poderia vir a público em tão pouco tempo.

O que nos conta Anne Frank em seu diário

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O diário de Anne Frank, que foi publicado por seu pai, Otto Frank, em 1947, é um relato vívido de uma jovem adolescente judia, que dos 13 aos 15 anos, viveu confinada com sua família, aterrorizados com a possibilidade de serem delatados ou descobertos pelos nazitas. Em seu relato em primeira pessoa, Anne conta sua relação com seus familiares, com os outros judeus que compartilhavam com eles o esconderijo, além de seus desejos para quando a Segunda Guerra Mundial acabasse. A escrita de Anne foi interrompida em agosto de 1944, quando a Gestapo deteve os escondidos e separou a família Frank. Esse período até a sua morte no campo de conentração de Bergen Belsen em 1945, não constam no diário, que permaneceu sob custódia da secretária de seu pai, Miep Gies.

Personagens que aparecem na obra

A própria Anne Frank, seu pai Otto Frank, com quem mantinha uma relação mais próxima, sua mãe Edith Frank, com quem tinha uma relação difícil, e sua irmã Margot Frank, com quem desenvolveu uma amizade que não existia antes do período em que viveram no anexo secreto do escritório de seu pai escondidos, são os principais personagens do Diário de Anne Frank. Mas além da família Frank, em seu diário também aparecem os judeus que conviveram com eles no esconderijo, foram quatro pessoas: Hermann van Pels, Auguste van Pels, Peter van Pels e Fritz Pfeffer. Também são mencionados, os que ajudaram os escondidos: Miep Gies, e seu esposo Jan Gies, Johannes Kleiman, Victor Kugler, Bep Voskuijl, Johannes Hendrik Voskuijl. Por fim, ainda constam alguns amigos de Anne, como: Hanneli Goslar, Susanne Ledermann, Jacqueline van Maarsen, Jacqueline van Maarsen, Nannette e muitos outros.

Segue sendo um êxito nos dias de hoje?


O diário de Anne Frank se tornou um best seller no mundo inteiro. Os horrores da Segunda Guerra sob o olhar de uma inocente e esperançosa adolescente judia segue, nos dias de hoje, despertando o interesse a cada nova geração.Já foram publicadas diferentes edições no Brasil pela editora Record, inclusive as Obras completas, com textos inéditos em relação à primeira publicação, e uma versão em formato de história em quadrinhos. Em 2020, o fenômeno Anne Frank ganhou novo impulso com a publicação de videos de 5 a 10 minutos, publicados pelo Museu Casa de Anne Frank, em seu canal de Youtube. Em comemoração aos 75 anos do final da Segunda Guerra Mundial, baseado em passagens do seu diário, os vídeos trazem Anne falando em primeira pessoa, diretamente com a câmera, ou se relacionando com seu pai, Otto Frank, sua mãe e irmã, dentro do anexo secreto, que pode ser visitado ainda hoje em Amsterdã. Os videos já foram vistos mais de 1,5 milhão de vezes.